quinta-feira, 21 de agosto de 2008
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
quarta-feira, 4 de junho de 2008
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"O Jogo dos Possíveis – Ensaio sobre a diversidade no mundo vivo” - François Jacob – Gradiva
Um bestseller da terceira cultura pelo Nobel de Medicina de 1965 (juntamente com Jacques Monod e André Lwoff), que pretende explicar ao público em geral os mecanismos da evolução.
A ideia mais interessante que retirei deste livro de 1982 foi a noção da evolução enquanto jogo dos possíveis. Citando-me a mim própria (wee): “No segundo capítulo de O Jogo dos Possíveis de F. Jacob é-nos apresentada a teoria da evolução, segundo uma lógica dos possiveis, em que esta procede como um bricoleur. A evolução entendida como um trabalho de bricolage não tira as suas novidades do nada. Um bricoleur não tem um plano, na verdade ele até nem sabe muito bem o que vai fazer, mas recupera tudo o que encontra, até os objectos mais improváveis para daí fazer um novo objecto com utilidade. (...) No evolucionismo de Darwin, as estruturas novas são elaboradas a partir de orgãos preexistentes que, originalmente, estavam encarregados de uma tarefa, mas que progressivamente se adaptam a funções diferentes. Aquilo que Darwin chamava de pedaços de anatomia inútil são assim vestígios dalguma função mais antiga.”
Escrito de forma fluente e acessível ao grande público. Um clássico dentro do género.
Um bestseller da terceira cultura pelo Nobel de Medicina de 1965 (juntamente com Jacques Monod e André Lwoff), que pretende explicar ao público em geral os mecanismos da evolução.
A ideia mais interessante que retirei deste livro de 1982 foi a noção da evolução enquanto jogo dos possíveis. Citando-me a mim própria (wee): “No segundo capítulo de O Jogo dos Possíveis de F. Jacob é-nos apresentada a teoria da evolução, segundo uma lógica dos possiveis, em que esta procede como um bricoleur. A evolução entendida como um trabalho de bricolage não tira as suas novidades do nada. Um bricoleur não tem um plano, na verdade ele até nem sabe muito bem o que vai fazer, mas recupera tudo o que encontra, até os objectos mais improváveis para daí fazer um novo objecto com utilidade. (...) No evolucionismo de Darwin, as estruturas novas são elaboradas a partir de orgãos preexistentes que, originalmente, estavam encarregados de uma tarefa, mas que progressivamente se adaptam a funções diferentes. Aquilo que Darwin chamava de pedaços de anatomia inútil são assim vestígios dalguma função mais antiga.”
Escrito de forma fluente e acessível ao grande público. Um clássico dentro do género.
quarta-feira, 28 de maio de 2008
O nosso B.I. genético está cada vez mais próximo
É cada vez mais uma realidade que se pressente, estamos perto da identificação individual total de "cada" ADN, de ter todas as nossas características definidoras numa bases de dados. Yay!
Saiu, hoje, mais uma notícia nesse sentido:
Imagina-se já uma medicina totalmente personalizada, o medicamento das cruzes feito especialmente para nós, o bebé de olho azul que sempre desejámos...
Proporcionará este avanço uma medicina mais pessoal, mais humana, mais de encontro a nós, ou simplesmente o culminar da podre indústria farmacêutica? Será uma arma para o eugenismo? É possível recriar a vida em laboratório? Pode-se abrir caminho para o híbrido? E qual é o seu estatuto? - Todas estas são questões que perpassam todos os campos da filosofia e de outros saberes, e que serão colocadas, cada vez com mais insitência, nos próximos 20 anos.
Terreno fértil para cientistas e pensadores. Yay!
Saiu, hoje, mais uma notícia nesse sentido:
Holanda: Genoma da mulher sequenciado pela primeira vez
27.05.2008 - 13h22 Lusa
O genoma de uma mulher foi sequenciado pela primeira vez por investigadores holandeses. A sequenciação completa do ADN de uma mulher pode vir a aprofundar o conhecimento do cromossoma X, que as mulheres têm em duplicado.
"É a primeira mulher no mundo e o primeiro europeu cuja sequenciação de ADN será tornada pública", informa o Centro Médico Universitário de Leiden (LUMC), onde a investigação foi feita.
A investigação vai ser tornada pública em breve. Até agora o genoma humano sequenciado tinha sido de dois homens americanos e dois homens africanos da etnia Ioruba.
O código genético humano ficou totalmente estabelecido em 2003, pelo Consórcio Internacional para a sequenciação do genoma humano. Foi composto por 20 centros de sequenciação nos Estados Unidos, Grã-Bretanha, China, França e Alemanha.
O genoma humano é formado por três mil milhões de bases de nucleótidos, a unidade que forma os genes, e tem entre 20 a 25 mil genes que caracterizam a nossa espécie. São estes genes que tornam cada pessoa única, dão informação acerca da cor do cabelo ou dos olhos e predispõem cada indivíduo para certas doenças como a diabetes, o cancro, a asma ou as doenças cardíacas.
Imagina-se já uma medicina totalmente personalizada, o medicamento das cruzes feito especialmente para nós, o bebé de olho azul que sempre desejámos...
Proporcionará este avanço uma medicina mais pessoal, mais humana, mais de encontro a nós, ou simplesmente o culminar da podre indústria farmacêutica? Será uma arma para o eugenismo? É possível recriar a vida em laboratório? Pode-se abrir caminho para o híbrido? E qual é o seu estatuto? - Todas estas são questões que perpassam todos os campos da filosofia e de outros saberes, e que serão colocadas, cada vez com mais insitência, nos próximos 20 anos.
Terreno fértil para cientistas e pensadores. Yay!
quarta-feira, 7 de maio de 2008
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Anubi - "Kai Pilnaties Akis Uzmerks Mirtis" (1997)
“Kai pilnaties akis uzmerks Mirtis” é o único lançamento longa-duração de Anubi, banda (já defunta) vinda da improvável Lituânia.
Após o lançamento da demo de '95, “Mirties Metafora”, este nome passou a ser proferido insistentemente no meandros underground da música obscura, sinónimo da combinação (nova, na altura) entre Black Metal e Dark Ambient.
Dois anos depois, a editora italiana Danza Ipnotica lança então este álbum, peça essencial de bizarria e dissonância. Chamo-lhe um álbum impressionista. Se estão recordados das características técnicas do movimento artístico, pois bem, tentem a analogia. Pequenas e simples linhas instrumentais que, às vezes, parecem roçar o improviso, fundem-se no nosso horizonte da percepção, para criar uma estrutura, (una, ainda que dissonante).
O elemento Black Metal é aqui quase esquecido, é remetido para as vocalizações que se alternam com vozes épicas próprias das bandas de Black/Folk de Leste.
“Kai etc. etc. “é um desafio ao metal/BM tal como o conhecíamos, mas também à estética canónica que a ele associávamos. Todo o fantástico artwork do CD, próximo dos de VBE, é da autoria do vocalista Lord Ominous (RIP. ) e apresenta o mesmo “avantgardismo” da música.
Tudo isto, faz deste trabalho algo de inclassificável, embora eu arrisque aconselhá-lo a fãs de VBE, Rakoth, Ephel Duath ou Fleurety. A acrescentar ainda que está fora do circuito há vários anos e que grita por reedição.
Fica aqui uma amostra, um vídeo de uma música da tape Mirties Metafora, dado que não encontrei mais nada:
http://www.youtube.com/watch?v=dUu1teYawRQ
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